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Quem matou o batman? | Parte Um

  • A. C. Apollo
  • 16 de jul. de 2016
  • 3 min de leitura

Na mansão do Sr. Oswald, uma grande televisão sintonizada no canal 6, noticiava aquilo que seria a maior revelação da história da metrópole. Na tela passavam imagens da frente do Departamento de polícia da cidade de Gotham. Chovia torrencialmente naquela noite, nuvens cinzas nublavam cobriam o céu noturno.

Sirenes brilhavam em azul e vermelho, refletindo nas poças formadas na escadaria de entrada do departamento. Uma multidão segurava placas em favor do morcego. Vários repórteres aglomeravam-se atrás do cordão de isolamento.

“O multibilionário, playboy, filantropo e o maior acionista da Wayne Enterprises, Bruce Wayne, de 35 anos, tem seu maior segredo revelado, e para a surpresa da cidade ele é o vigilante de Gotham, o cavaleiro das trevas.

Cerca de duas horas atrás, um vídeo fora postado no “Youtube”, chamado a identidade do cavaleiro”, informou a repórter. “Nesse vídeo a máscara do vigilante é retirada por uma figura encapuzada. Essa pessoa se intitulou de O senhor da verdade. O vídeo fora logo retirado do ar pelo site, mas nossa equipe conseguiu achar um arquivo contendo apenas o áudio. Ouçam”.

“População de Gotham, os habitantes mais idiotas, que o mundo já conheceu. Esse homem que está aqui na minha frente é apenas um verme que afunda mais e mais nossa cidade, no caos infernal. Muitos acham que ele não é humano, que tem poderes como o Super-homem ou o Flash, mas ao contrário do que pensam, ele é tão humano quanto nós. Vejam, rosnou com a voz modulada por aparelhos”.

“Nossa equipe tenta encontrar o resto da gravação. Conversei com um policial que explicou como é o resto do vídeo”, continuou a repórter lendo uma folha de papel. “ Esse é o relato do policial: O cara cortou o Batman com uma faca de cozinha, várias vezes. Depois o socou, mas o Wayne era durão e não falou nada. Aí, ele tirou a máscara do cara, o rosto do Wayne estava todo arrebentado. O morcego ficou fulo da vida”.

O casarão do Sr. Oswald Cobblepot – também conhecido como o mafioso pinguim – era adornado de inúmeros troféus da máfia: armas famosas, cartas de grandes figuras do crime organizado, o terno de Al Capone. As paredes eram pintadas de vermelho mantendo o aspecto de anos 60. Tapetes suntuosos espalhavam-se por todos os corredores. Quadros dos familiares decoravam os papéis de parede da grande sala-de-estar.

O pinguim sentou-se no sofá em frente à televisão. Vestia camisa-social branca com suspensórios marrons. Observou o acontecido de boca aberta, o charuto que acabara de acender caiu de sua boca. “ O morcego morreu? ”, indagou-se. “Até que enfim”. Deu uma enorme gargalhada.

Dentro do prédio, policiais conversavam inquietos. Todos foram pegos de surpresa, ninguém esperava que aquele tragédia fosse acontecer um dia.

“Como isso é possível? Deve ser algum plano totalmente louco. Nunca deixaria-se capturado”, disse o comissário. Conversava com um investigador. “Iremos tentar contornar tudo isso. A população precisa saber que está segura, e além do mais para isso que existimos, deixar a cidade segura”, o comissário fumava rápido, a fumaça embaçava seus grossos óculos. Já era seu quinto desde que soubera do ocorrido”.

“O que eles estão olhando? ”, disse um policial apontado para a multidão.

Uma pessoa estava no terraço do prédio. Usava traje tático azul-marinho, uma capa preta caia sobre as costas. Um capacete liso cobria totalmente a cabeça, se ajustado ao formato do rosto. Em uma das mãos tinha a máscara do Batman.

“Bruce Wayne achava que a lei não sei aplicava a ele. Errado. Hoje eu fiz justiça e o sentenciei a morte: pelos aleijamentos, ossos quebrados, leis infringidas, assassinato e a lista segue ”, falou à multidão. Um aparelho fazia sua voz ser amplificada. “Até o próximo” Jogou a máscara do Batman na escadaria de entrada.

Uma equipe de elite subia as escadas de acesso ao terraço, comissário Gordon seguia na frente com um colete no corpo e pistola em mãos. Chegaram a porta de entrada, estava trancada. O esquadrão à arrombou e se pôs em formação.

O terraço acumulava água, a chuva fina batia nas poças, as fazendo crescer. Nenhum sinal do Senhor da verdade. Mas algo os fez arregalar os olhos, encostado no bat-sinal, repousava o corpo de Bruce Wayne. Os hematomas em seu rosto o fazia pouco reconhecível com sua imagem de bilionário intocável. Usava o uniforme de morcego, com exceção da máscara.

“Oh, meu Deus. O que fizeram com você Bruce”, exclamou o comissário.

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